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Meio Ambiente e Agricultura - Sexta-feira, 18 de Agosto de 2023

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Bastos sediou a 6ª Jornada Técnica de Sericicultura do estado de São Paulo

O evento objetivou fomentar e apoiar o desenvolvimento e crescimento da cadeia produtiva da Seda


Bastos sediou a 6ª Jornada Técnica de Sericicultura do estado de São Paulo

Com apoio da Prefeitura de Bastos aconteceu no dia 08 de agosto, no Anfiteatro "Governador Mário Covas", localizado na Rua Ademar de Barros nº600, a 6ª Jornada Técnica de Sericicultura do estado de São Paulo com o objetivo de fomentar e apoiar o desenvolvimento e crescimento da cadeia produtiva da Seda.

Para aprimorar a atividade de produção e unir os elos desta cadeia produtiva, anualmente é realizada a jornada técnica voltada aos criadores, técnicos do setor rural, autoridades municipais, órgãos da secretaria de agricultura do estado, universidades, escolas técnicas, produtores e interessados em novas atividades para agricultura familiar.

O evento atraiu um grande público, também estiveram presentes  o vice prefeito Antônio Fernandes, representando o prefeito Manoel Rosa que estava em viagem de trabalho em Brasília; o prefeito de Inúbia Paulista, João Soares dos Santos; a Presidente da Câmara Municipal Neusa Tognon Jorge; o Secretário municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Abastecimento, Júlio David dos Santos; o Presidente do Sindicato Rural de Bastos Katsuhide Maki; Antônio José Porto, pesquisador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) de Gália; Daniel Nicodemo , Professor da Unidade Universidade Estadual Paulista - UNESP de Dracena; o Coordenador Fernando Barbosa, representando o Diretor executivo Guilherme Piai da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), e palestrantes convidados.

No início das palestras o vice prefeito Antônio Fernandes, deu as boas-vindas a todos, leu uma mensagem do prefeito Manoel Rosa e reforçou a importância da cadeia produtiva da seda que gera empregos e renda para o município e para o Estado.

A Coordenadora de Assuntos Estratégicos da Secretaria de Agricultura do estado de São Paulo, Drª Maria Cristina Murgel, reforçou o apoio do órgão de estado ao setor e trouxe importantes informações aos produtores quanto ao cadastro rural e a regularização ambiental das propriedades que seguem as diretrizes da lei federal que rege o tema. Os interessados em obter mais informações podem procurar uma unidade da CDA - Coordenadoria de Defesa Agropecuária; CATI - Coordenadoria de Assistência Técnica Integral; ou acessar o site http://car.agricultura.sp.gov.br/site/.

Idorado Dassi Gonçalves Junior Engenheiro Agrônomo da EDR/CAT, proferiu a palestra “Pratica Agroecológicas e Manejo Ecológico do Solo”.  Citando Anna Maria Primavesi, que foi uma engenheira agrônoma, pesquisadora e professora universitária austríaca radicada no Brasil e precursora das escolas de agronomia e da agroecologia no país, foi uma importante pesquisadora e defensora da agroecologia e da agricultura orgânica, Idorado, explicou a importância do uso correto do solo, da cobertura morta, do uso incorreto de implementos que compactam e expõe a terra acabando com sua fertilidade. O engenheiro também abordou o uso incorreto de agrotóxicos e adubos químicos, recomendando sempre que possível sua substituição por defensivos e adubos orgânicos.

Marcelo Agostini Zonta, Engenheiro Agrônomo do CDA – Coordenadoria de Defesa Agropecuária de São Paulo, proferiu a palestra Fiscalização do uso de agrotóxicos com ênfase em aplicação aérea. 

Ele explicou que a fiscalização na utilização dos agrotóxicos e afins de uso fitossanitário em área agrícola visa assegurar o cumprimento da legislação vigente, no âmbito federal e estadual, coibindo o uso inadequado e indevido de tais produtos, de forma a promover práticas agrícolas sustentáveis, contribuindo para o desenvolvimento do agronegócio. E detalhou as regras para aquisição, transporte, armazenamento, aplicação dos produtos, e destinação final de embalagens vazias e/ou contendo resíduos de produtos agrotóxicos. 

No momento mais esperado pelos sericicultores Zonta falou da deriva de agrotóxicos que tem causado enormes prejuízos para os criadores, salientou que o estado possui legislação e o órgão tem acompanhado as denuncias e aplicado multas quando há a comprovação da contaminação. Mas pediu a colaboração dos produtores para se possível, ao notar a presença de Avião, Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT)/ Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) aplicando defensivo com deriva, fotografar ou filmar e acionar um órgão da defesa agropecuária o mais rápido possível para a coleta de material que será encaminhado para um laboratório da Secretaria de Agricultura.

João Donizete Saldan, supervisor de Matéria Prima da Bratac Seda, proferiu a palestra “Certificação Orgânica”.  O cultivo de amoreiras e a criação de bicho-da-seda nas propriedades rurais não requer a utilização de defensivos agrícolas, uma grande vantagem para a saúde dos trabalhadores e para a comercialização internacional, que passou a exigir certificação de produtos livres de agrotóxicos, inclusive na seda. Porem, a situação não é tão simples, para alcança-la, toda a cadeia produtiva da seda precisa seguir uma serie de regras e determinações. Saldan detalhou o trabalho que vem sendo feito junto aos produtores, inclusive na organização da propriedade, com locais apropriados para o descarte de resíduos sólidos, lixo orgânico, armazenamento de embalagem cheias ou vazias de agrotóxicos e sua destinação correta. 

Evandro Kasama, engenheiro agrônomo da Bratac Seda, proferiu a palestra “Treinamento da Atualização Tecnológica na Sericicultura”. Um dos avanços nos últimos anos junto aos produtores foi o emprego de novas tecnologias e equipamentos que tem diminuído o esforço físico, o tempo, e a quantidade necessária de mão de obras, proporcionando maior produtividade e renda para os agricultores familiares. Kasama também destacou a necessidade da adequação das propriedades para as exigências internacionais que estão ficando mais rígidas para a certificação de produtos.

Shigueru Taniguchi Junior, Diretor Presidente da Bratac e presidente da Abraseda, fechou o ciclo de Palestras com o tema “Aspectos Mercadológicos”. 

Junior explicou que os casulos do bicho-da-seda fornecem mais do que fios para roupas, as sobram se transformam em alimentos para animais através do processamento de crisalidas e mais recentemente estudos apontaram que a sericina uma espécie de cola natural (proteína) utilizada pela lagarta para selar e proteger os fios, possuem uma vasta gama de aplicações na indústria. Na área cosmética é utilizada nos tratamentos capilares, em cosméticos para a pele e unha. Na preservação ambiental, pesquisadoras da Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Unicamp, em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), descobriram que a partícula pode ser utilizada para a remoção de metais tóxicos ou de metais nobres, como paládio, ouro e prata. Sendo uma alternativa mais barata e ambientalmente sustentável ao carvão ativado, despoluente utilizado pela indústria para o reaproveitamento desses metais. Nos estados Unidos pesquisadores ligados a uma fintech do Vale do Cilicio comprovaram que a sericina pode mais que dobrar o tempo da preservação de frutas, gerando grande interesse de produtores, exportadores e da indústria alimentícia que veem nesta proteína a oportunidade de economizar e ganhar milhões de dores. 

Apesar de possuir uma produção menor que China e Índia, as certificações brasileiras oferecem total segurança aos compradores que necessitam de casulos livres de qualquer contaminação, especialmente para fins de uso na preservação de alimentos. 

Uma empresa norte americana já fez contato com a Bratac para a compra do produto brasileiro em larga escala. O problema está na produção de matéria prima, que sofreu queda no período de pandemia, não sendo suficiente para a demanda, por esta razão, hoje a indústria brasileira não pode atender novos pedidos.

Com estrutura para produção de até dois bilhões de ovos do bicho da seda por safra a expectativa é aumentar duas toneladas por safra até atender a demanda de mercado. 

O presidente garantiu que o aumento da produção não causara redução no preço pago aos produtores, segundo ele, a demanda em alta fará o preço subir mais, porém alertou que é preciso acelerar este processo para ocupar este nicho de mercado.     

A sericicultura, criação comercial do bicho-da-seda para produção de casulos, pode ser uma importante fonte de renda nas pequenas propriedades.  O estado de São Paulo possui condições climáticas favoráveis e solos adequados para a atividade, com a empresa Bratac Seda estabelecida no município de Bastos que compra e processa toda a produção.

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